Tentar a solidão que sempre sentiste. Tentar a sorte que nunca tiveste. Manusear as palavras que outrora disseste, jogar com a fortuna, mencionar uma só canção cuja letra foi destino. Perdeste sem que o resultado se soubesse. Deixaste para trás tudo aquilo que antes era azar e que hoje já é comum. Acreditar que havia um sentido, ainda que o segundo fosse chegar à mesma resposta. O início foi o retorno. O fim foi idêntico. Apostar naquilo para o qual não olhaste, divagar em demasia sem que te fosse pedido. Agora há vazio, não mais. É o mundo que não te percebe ou o livro que não leram. Foi por bem terminar.
Entre nós há diferença, não há gosto, não há aquilo que todos querem, não há somente ternura ou compreensão. Pontos que não se alcançam sob pena de excluir o perdão. Doravante amores que não se unem aquando a ignorância não move corações. Por ti hoje é a lágrima. De ti me vou despedindo ao acordar. Em ti repouso a alma. Sem ti não vejo a eternidade. Para ti sei de cor o universo.
Saturday, March 31, 2012
i)
Tentar a sorte da vida num jogo, ou a vida da sorte num outro. Talvez a vida nunca tenha tido sorte, ou quem sabe seja a sorte que vida nunca viveu. Mas bastava tentar, porque tentar não mata. Mata tempo, mas mata-o apenas se for em vão. Não custa esperar sentado que se faca a vida em vontade. Custa não poder mencionar vitória se a sorte fosse vencida. Tentar, a vida, ou a sorte, num só jogo. É o azar da perda? Ou eras principiante? Fiquei sem perceber.
A fome quebrou-lhe a respiração. Será que lhe tirou também a vida? E então perguntas se foi sorte? Bom... Chamar-lhe-ia acaso.
A fome quebrou-lhe a respiração. Será que lhe tirou também a vida? E então perguntas se foi sorte? Bom... Chamar-lhe-ia acaso.
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