Sunday, July 8, 2012

Lack

Há pouco mais do que aquilo que havia.
Vi tanto mais do que aquilo que devia.
Soube e trago somente a carga de um peso.
Será a paz no elevar do ser? Plenitude é com certeza.
Sei lá eu onde te vou encontrar.
Cruzar os braços e os passos que demos.
É de ti que preciso, tardas em chegar.
Supostamente ontem escrevi-te o nome, há um mês disse-te a palavra.
Esperar já não é hábito, é rotina.
Tornas-te os segundos, os momentos todos eles são por quem chamei.
Tu. És tu. E hoje poder-te-ia dizer amor.
É actual e intenso, é fogo simulado em água que repousa na terra.
Vês-me instável porque não me dás a certeza.
Prego inconstância porque não me demonstras clareza.
Não estou insegura, apenas desatenta talvez.
Acredito e sei que podias estar aqui. Escapa-me o teu coração.
Mantenho a sede das linhas que me fazias escrever.
Esperava terminar uma história em que o último capítulo fosse teu.
Mas esse silêncio deixa-me doente.
Já nem calma me trazes num olhar.
Perco-me e nego tanto quanto sei. Permaneço calada.
Contava saber que o futuro se reconfortava em nós.
Não há nada. E mais não sei onde procurar.
Dá-me um sinal, pequeno que seja. Seguirei o rumo.
Mostra-me que ainda aí estás e que podemos vencer.
A fé foi preenchendo um vácuo que já não se salva por si. Será alguém.
Prefiro achar que tem as mesmas letras.
Porque há páginas que já não se esquecem.
Passagens que não posso apagar.
A sintonia que tínhamos não a troques por uma que não terás.
Ninguém te trará a liberdade que provoco.
Nem tão só a leveza de espírito que conheci.
Tenho tudo e dar-to-ei. Porque quero, porque sei.
Adormece comigo, já um dia te senti aqui.
É tudo: simplicidade.
Avança.

Embassy Gardens & St. James