Wednesday, April 2, 2014

TRS

É como se tudo fosse transparente.

Alguma vez cair no erro de ousar pensar no fim? A vida é vida se envolvida em vida da minha outra vida. Podemos ter tantas falhas e errar ainda mais, podemos não encontrar o norte se nem o sul nos sorri. É transparente sorrir por ti e pelo que me dás. É visível o bem que aos olhos trouxeste e ousaste embalar. Tão bem que nos unimos. Tão bem que fazemos um ao outro. Venci os meus maiores medos a teu lado e travo a teu lado a batalha mais agressiva de sempre. E serás sempre tu, será sempre contigo.

Antes não falei errado mas actualmente falo de igual para igual, estamos como que, um só. E isso é transparente. Tão claro quanto as águas e tão maravilhoso quanto o Sol nascer. Não perderei minutos nem sequer segundos a lamentar o que não fiz. Porque o posso fazer agora. Desejo-te mais do que os meus sonhos, esses são feitos de felicidade e magia. Junto a ti. Até o teu nome é divino. Nem a tua voz se confunde em momento algum. É pois a maior homenagem que te faço e o maior sentimento que por ti já se fez viver. Porque agora sim, é vida. E não temo dizê-lo nem vivê-lo. É transparente louvar os céus enquanto canto e sorrio ao oceano. As ondas abraçam-me e cobrem-me de amor. Estou tão viva, se não fosse o amor que temos onde estaria, perdida?

A saudade é como que uma pausa do teu físico enquanto admiro a tua existência espiritual em mim. Fazemos festa, fazemos sorrisos, fazemos brincadeiras. Tenho as mãos tão frias, sinto o corpo a congelar e mal me consigo mexer. E sei que tanto quanto queres, em breve estamos juntos e aqueces-me o que sem ti esfria. Abri os olhos para o mundo e vi que era transparente a forma como se manifesta o amor. 

Compreendi a total unidade na vida e ultimamente tento integrar-me nela, embora outrora tivesse achado que lá pairava. Só que quem lá chega, de lá não sai. Amo tudo aquilo que tenho. Desejo aquilo que amo. É tão transparente amar-te, amarmo-nos. Fico descansada por saber que juntos vemos a alma um do outro.
E… Lágrimas? Por mim, talvez. Peço perdão pelos erros, onde falhei enquanto dormias, perdida na minha inconsciência. Embora doente, sei que nem na fraqueza posso ceder. Porque a vida tornou-se numa certeza: amar e ser amada enquanto me amo; ajudar e ser ajudada enquanto me ajudo. Purifico todo o meu interior. Dou-me a ti por inteiro porque desde que te vi que tudo automaticamente se desdobrou. Porque, uma vez mais, é tão transparente o que havia de ser. Também não teria outra forma de o ser, a não ser como de facto, é.

As palavras ao fundo nunca faltam, ao invés dos actos que por vezes confundem o ser. Podia dizer que te amo, concluindo. Prefiro não o dizer mas sim que o sintas em ti sem que o tenha de referir. Direi somente o teu nome, perguntar-te-ei se estás bem e o resto compreenderás sempre, para sempre. Até quereres olhar ao lado e ver o meu rosto. É transparente o meu objectivo. É transparente a minha dificuldade para lidar com os obstáculos que até ti se misturam, tal como as nuances da tristeza que às vezes aparece. 

É transparente que amo que sejamos, e somos. Como que a água mais pura do universo.

Embassy Gardens & St. James