Saturday, December 27, 2008
Dezembro.
Quantas pessoas ouvem e louvam aos céus Katatonia? Uns dizem que estão 'gays'. Outros dizem que estão no auge. Uns dizem que são 'os maiores'. Eu diria que estão perdidos. É triste ver óptimos artistas a regredir, mas é aceitável. Tal como tudo contra o qual não podemos fazer nada. Se falarmos com os adolescentes actualmente fãs dessa banda (ou não...), poderemos chegar a conclusão que a sua grande maioria vive uma ilusão qualquer de uma banda de metal alternativo ou coisa derivada.
Tristeza. Tristeza, eles próprios o sabem. Que Doom foi feito em tempos. Que genialidade estava adormecida, que banda são realmente? Fica a pergunta no ar. Quantos não conhecem a frase 'i stand as i cry' ou até mesmo o típico 'god is dead and shall forever be'. Quantos pergunto, quantos se dignaram a ouvir a canção 12? Quantos se perderam naquela imensa agonia? Minoria. Deveria ter pena mas não tenho, cada um escolhe dedicar-se ao que realmente lhe da prazer. Pena tenho de obras assim não serem devidamente valorizadas. As vezes o melhor não é divulgado, por isso mesmo, por ser melhor.
Contínuo quentinha no meu canto, deliciando-me com novos trabalhos, até mesmo o seu projecto paralelo. Se bem que terminou, pouco durou. E Katatonia de certa forma está também terminado. Mas não tem problema porque é sempre bom continuar a descobrir o trabalho já existente, que as vezes pensasse já sabido mas apenas está começado.
Dezembro, é o mês em que as almas dançam, quem o sabe, reconhece-o. Consigo reconhece-lo à distância. E sei que outras pessoas também o sabem, também o sentiram. É de louvar sim. Mas não é de louvar a sua actualidade. Quem sabe algo ainda nos venha surpreender, o que é pouco provável.
Até para o ano.
Friday, August 15, 2008
Alliance Fest, 8 de Agosto de 2008, Pavilhão Desportivo dos Lombos, Carcavelos.
Durante esta espera, fui conhecendo por alto algumas pessoas, comendo, trocando idéias. Algo que ajudasse a passar o tempo de melhor forma. Bom, as portas abriram as 18H, à hora em que supostamente já deveríamos estar a ouvir a segunda banda.
Estando lá dentro, seria o mesmo que não estar, ninguém começava a actuar, até que depois de muito esperar, talvez lá para as 20h, Antônio Freitas se chega ao palco avisando que havia problemas técnicos, os quais não tinham ainda conseguido resolver. Avisou também que as duas primeiras bandas não poderam estar presentes porque uma delas perdeu o avião e a outra, o seu baterista sofreu um acidente. Seguem-se os 3 Inches Of Blood num concerto de 4 músicas que começou as 22h tendo sido previsto para as 18.15h. Comentários para que?
Seguem-se os Exodus numa boa prestação, cativando o público, tocando energicamente. Tive o prazer de apanhar uma palheta, coisa rara para os meus lados. Foi pena a curta duração do espectáculo.
Bem, a seguir tocaram os Finntroll com os quais fiquei impressionada. Gostei bastante das suas melodias, dentro do Folk Metal, com uma boa introdução de teclado. O vocalista teve muita presença, um poderoso HeadBanging. Uma banda a explorar mais. Mas não nos meus actuais interesses.
A espera voltou, o tempo que demoraram a montar o palco para os Moonspell, até se enganando no pano de fundo que teve de ser mudado pois alguém cometeu o erro de trocar um dos panos laterais. O público já estava fora de si pois um festival que se intitula de 'O maior festival de metal de Portugal' e com tanta incompetência à mistura, já enjoa. Havia um relógio em cima do palco, do próprio pavilhão, aí, viamos as horas passar, a maior parte destas passadas esperando por algo. Foi desagravel.
Apareceram então os Moonspell, tocando o habitual, os êxitos (ou não). Boa voz, bom som, por aí como calculam alguns, acho eu. Um concerto de curta duração, prejudicado pela falta de profissionalismo e incompetência dos técnicos que deveriam ter tentado resolver os problemas antes de nos receberem no pavilhão, as horas dos supostos espectáculos.
Os Moonspell provavelmente não dão um concerto em Portugal até ao fim deste ano. Este seria O concerto deles de 2008 que sinceramente acabou numa espécie de Rock In Rio - a sequela. Não desvalorizando a sua prestação em ambos os concertos.
Recebi a folha de alinhamento do Pedro, teclista e guitarrista dos Moonspell, e vi o quanto foi prejudicado. Em falta umas 6 músicas que não poderam ser tocadas devido aos atrasos que aconteceram. O tal falso fim dos seus concertos, desta vez não teve retorno. Foi sim o fim enquanto fans esperavam que voltassem como é habitual. Entendemos que assim teve de ser, não por culpa dos músicos.
Sai do pavilhão, eu e a minha amiga que me acompanhou a este festival. Fomos em direcção à entrada do estacionamento dos carros onde conhecemos um metalhead disposto a entrar por ali até a área vip. Depois de uma tentativa falhada lá conseguimos entrar para o meio dos músicos.
Sempre houve algo bom no meio destes curtos concertos e longas esperas. Conversamos com eles, pedimos autógrafos, o habitual. Dirigimo-nos ao líder dos Moonspell e ele também demonstrou a sua revolta contra a má organização do evento. Se bem que nada pode fazer a não ser ter uma boa prestação no espectáculo que nos proporcionou.
Talvez para o ano haja mais.
Cumprimentos a todos.
Paredes de Coura, 31 de Julho.
Saudações a todos e a ninguém que leia isto. Sex Pistols no Paredes de Coura, 31 de Julho de 2008. Mais de vinte anos depois, estas almas visitam Portugal. Não na sua formação original mas o pessoal que está "dentro da cena" lá sabe porque, não irei perder tempo a explicar isso. Vamos ao que importa, lido e relido "Sex Pistols é o punk, punk é Sex Pistols".
Bom, criticar é fácil, mas quem não sabe ao menos tenha do e fique calado. Internet, esse mundo louco dos tempos actuais. Li então em vários sites a opinião das pessoas sobre este concerto. Digo que não fui, era longe sim. Opiniões, li-as obviamente. Raras as positivas. Sem conta as negativas. Talvez esses espectadores esperassem um excelente espectáculo, boas luzes, boa produção. E não um John acabado (se bem que ele sempre foi "mais para lá do que para cá").
Tudo bem que muita gente que lá esteve não viveu nos anos 70. Admito, eu também não. Mas informo-me, leio, ouço, assisto. É pena (ou não) que nem todos o saibam fazer. Triste é saber que a maior parte que está na primeira fila a criticar negativamente ouça bandas q existem graças a existência dos Sex Pistols. Se não fossem eles não julguem que até esse movimento emocore existia. Escrevo isto apenas para desabafar a tristeza que dá em ler e assistir a tais comentários vindos de ignorantes.
O punk é isso mesmo, não é um bom espectáculo. Se bem que para alguns como eu em tempos, vale muito a pena. É triste sim, nem criticar sabem. Não vou alargar mais a conversa, o principal acho que já ficou escrito.
Cumprimentos.
Metal.
Tristes aqueles que ouvem por ouvir e escutam por escutar, jamais terão noção do que é realmente vivê-lo. Uns sabem gabar-se, outros sabem mostrar-se ou até o mais coitado de todos sabe fazer de conta. Talvez não façam ideia onde se estão a meter.
Nós lutamos por alguma coisa, nós nao fingimos acreditar em algo que não nos pertence. O mundo não é nosso mas o que é nosso, tornou-se um mundo. Vocês que consomem dessa ridicula forma, deveriam ter a vergonha que todas as pessoas têm, que por nós é utilizada num silêncio profundo, nem uma única palavra para com a vossa mente. Coitados aqueles que para casa vão, convencidos de que lhes diz alguma coisa, convencidos de que gostam, de que sentem. Falhados.
Triste auto-ilusão provoca-nos riso e pena. Para que sonham? Nunca hao de ser nada, pelo menos aqui. Tempo perdido, rezas em vão, letras inalcansáveis. Dediquem-se ao que podem e nao ao que querem.
Black is the night, metal we fight. Power amps set to explode. Energy screams, magic and dreams. Satan records the first note, we chime the bell, chaos and hell.
Metal for maniacs pure.
Ponto Um.
Nada sabem.. Nada sentem. A origem de tudo isto está na falta de sentimentos. Hoje em dia não se acanham em apontar qualidades, em afirmar títulos. Quantos deles os sabem seguir? Estamos perante que mundo? O típico ditado "os fins não justificam os meios" perdeu o significado.
Quantos de nos mentimos? Quantos de nos queremos sempre mais? Hoje não tenho inspiração, o que há em meu redor parece ser o vulgar. As vezes fartamo-nos. Essa gente que por aí anda, afirmando-se sem nada saber. Não digo que me metam raiva, não por agora. Mas metem-me pena. A seguir irei talvez ver televisão. Sempre se aprende com as tristes figuras dos outros. Outros esses a quem deus (ou seja lá quem for) deu cabeça, só que uns têm mais dotes no cabelo do que no seu cérebro.
É provável que apenas não o saibam como usar. Pois cérebro todos temos. Resta-nos encontrar sempre um pouco mais de paciência, um pouco mais de consideração se é que a podemos ter. E por hoje chega.