As coisas não estão bem. Não começando por lamentações parecendo já ser um hábito cansado e chato. Apenas uma visão. Ora:
Quantas pessoas ouvem e louvam aos céus Katatonia? Uns dizem que estão 'gays'. Outros dizem que estão no auge. Uns dizem que são 'os maiores'. Eu diria que estão perdidos. É triste ver óptimos artistas a regredir, mas é aceitável. Tal como tudo contra o qual não podemos fazer nada. Se falarmos com os adolescentes actualmente fãs dessa banda (ou não...), poderemos chegar a conclusão que a sua grande maioria vive uma ilusão qualquer de uma banda de metal alternativo ou coisa derivada.
Tristeza. Tristeza, eles próprios o sabem. Que Doom foi feito em tempos. Que genialidade estava adormecida, que banda são realmente? Fica a pergunta no ar. Quantos não conhecem a frase 'i stand as i cry' ou até mesmo o típico 'god is dead and shall forever be'. Quantos pergunto, quantos se dignaram a ouvir a canção 12? Quantos se perderam naquela imensa agonia? Minoria. Deveria ter pena mas não tenho, cada um escolhe dedicar-se ao que realmente lhe da prazer. Pena tenho de obras assim não serem devidamente valorizadas. As vezes o melhor não é divulgado, por isso mesmo, por ser melhor.
Contínuo quentinha no meu canto, deliciando-me com novos trabalhos, até mesmo o seu projecto paralelo. Se bem que terminou, pouco durou. E Katatonia de certa forma está também terminado. Mas não tem problema porque é sempre bom continuar a descobrir o trabalho já existente, que as vezes pensasse já sabido mas apenas está começado.
Dezembro, é o mês em que as almas dançam, quem o sabe, reconhece-o. Consigo reconhece-lo à distância. E sei que outras pessoas também o sabem, também o sentiram. É de louvar sim. Mas não é de louvar a sua actualidade. Quem sabe algo ainda nos venha surpreender, o que é pouco provável.
Até para o ano.
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