Friday, May 1, 2009

Impossível?

O nada chegou para ficar, quantos dias perdidos, quantas noites sem dormir, foste apenas tu que me abriste o caminho para o inferno. Se eu vivia de olhos abertos, esperando encontrar o amanhã, esperando sorrir te no dia seguinte, e num instante tudo conseguiste destruir. Era eu a perfeita, era eu a pessoa mais linda do mundo. Tantas palavras, tão ardentes, que realmente acabaram por ser cinza, em que um dia acreditei. Porque quis ou porque senti que havia verdade. Parecia-se tanto com a felicidade suprema. Na qual nunca acreditei, lá teria as minhas razões, pensei que afinal a tinha conhecido. Realmente, fui assim tão boa pessoa para até chegar a conhecer a felicidade? Ou será que não é preciso ser se boa pessoa, ela aparece seja a quem for? Aqui fica a questão. Para a qual nem uma resposta tenho. Cada passo que dei, é mais um para o abismo. Não encontro salvação, não encontro motivação, não encontro mais caminhos. Só não compreendo porque é que a esperança ainda faz parte de mim, esperança no que e em quem? Esperança que vem de onde? De onde? Não resta nada.. Nada.. A não ser este mar de tristeza pelo qual cantei e que agora, o mar sou apenas e só eu. Onde não existe nada, para além de vazio, que sou eu própria, o mar era nosso, agora... Agora não existe pureza, não existe amor, não existe sinceridade.. Porque não queres. Aos poucos fui morrendo, sem nunca encontrar a morte, aos poucos fui preferindo a morte, sem nunca dar de caras com ela. Será quando menos se espera, não é um apelo, é um medo. Porque quando se quer tanto uma coisa e depois a temos, já não a queríamos assim tanto. Estão gastas as palavras, está fraca a força, está longe a vontade.. Fizeste-me perder tudo, até a última lágrima procura uma saída, levei mais do que aquilo que recebi, quando ponderei fazer-te vida. Será daí que nasce dia após dia a esperança? Todas as horas me fazem correr maratonas, de idéias, soluções, planos, pensamentos, objectivos.. Quantos deles se perdem pelo caminho...porque não há nada se não desmotivação? Aquilo para que tão bem me sabes chamar. Procuro encontrar o fim da linha, o fim, onde o bem e o mal se encontram e nos é possível escolher o caminho de uma vez por todas. Meses? Anos? Quanto tempo falta? Até lá, o ciclo continua.. Não há mais palavras. Há a humanidade que há muito se tornou insignificante, mas que ainda todos acreditam poder mudar alguma coisa. E se o conseguirem mudar, não será com vazios nem com cinzas. Será com preenchimentos e verdades, que se perdem no tempo, um após um, se tornam cada vez mais difíceis de alcançar (mas para outros como eu, a esperança vive, vá-se lá saber de onde vem). Cumprimentos.

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