Saturday, January 15, 2011

Monologue

O reequilíbrio necessita de ajuste.
A experiência dita a razão.
Lágrimas presas, emanam prazer.
Verdade inerente.
Possível consagração.
Transcendência de espírito.
Sorriso apagado. Perdição.
Som gasto, repetido, cansado.
Demasiadamente oscilante.
Mentiras graduais.
Alma divisível, corpo apagado.
Visão e tacto.
Passado que não dorme.
O sofrimento continua a bater à porta.
A voz cansada de silêncio.
Respiração desagradável.
Contraposição à perfeição.
Descoberta de dor.
Esquecimento permanente.
Carácter consistente.
Respeito inexistente.
Influências horizontais.
A janela acabou por fechar.
Incapacidade, meta longínqua.
Vastidão, complexidade, procura.
Inverno, frio, chuva, céu.
Procura inconstante, maleável.
Solidão, pureza, falsidade presente.
Movimentação subtil, delicadeza.
Proximidade, cheira a fim.
E a sangue. Futuro.
Batalhas, lutar pelo sim, morte.
Desaparecimento eterno. Ausência?
Usufruir, abusar, de mim, de ti.
De nós. Dos outros. De ninguém.
O teu nada preenche-me tudo.
Com tudo, vazio é o que resta.
Em ti não existe amor. Não.
Ignorância. Saber amar?
Independência e crueldade.
Felicidade que se esconde na solidão.
A resposta está próxima.
Há em mim sossego.
Pedaços de mar e de calma.
Há em mim.
Loucura.

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