Tuesday, September 18, 2012

Universal


A jornada desenvolve-se pelo céu: poeta é quem a desvenda. Alguém pede o adeus, alguém divaga pelo oceano que nos faz sentir humanos. A tristeza, poço sem fim, na qual se vê o movimento dos olhos. Há tanto tempo nos meses, rendidos aqueles entre horas de perdão. Pedem por mais. Pedem aconchego. Salvo tantos outros que nem uma palavra ousam dizer. Deveria a morte levar-nos agora? Porque deixámos de provar os nossos erros? A odisseia que vives começa na dúvida do teu ser, onde desde logo acabaste por virar as costas, imundo em vergonha. Cantas por um desfecho que não terás. Rezas por um futuro que não te aguarda. Pecas porque consomes a doença do vício que teimas em não largar. São escolhas. São rumos. São aquelas forças que disseste derrubar. E aqui não há mais nada.

Nem por dizer, nem para dizer.  

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