Não sei se a vida que começou por nós estava acabada devido aos outros. Os outros que nos corrompem as noites e nos impedem de ser selvagens como quem nasce. Pergunto-me se me voltavam as costas por impotência, ou se seguia o caminho errado. Obedeces porque pouco tentas, o que significou para todos os níveis que apenas um existia enquanto te observava de início.
A face encarava os dias e acordava gasta, sem mais temer. Os meses afinal foram dias, tantos quantos os anos que não tivemos. Pequei e tive sonhos dos quais todos duvidavam, sempre soube que o cerne me traria a felicidade.
Quem não nos vive, não nos entende. Foi o mesmo momento que nos uniu, esse mesmo que poderá acabar connosco, agora insuficiente. Visto a cor roxa por ter a consciência limpa de dor, não me preocupa de certo a loucura que nem tenho. Refúgios no vício deixaram-me perder o que podia estimar e perdoar por gosto. Quem sabe, meras escolhas.
E eu não tinha nada por perder, tudo o que desejei adormecia ao meu lado, persistência constante e nem sono tinha. Quis provar a frustração e desaparecer.
Acreditei nos sonhos e na pessoa que me vive, mas vivo dos momentos e do mar. Casa comigo na frequência do amor, onde há música e Natureza, não precisamos de mais.
Esta noite dançámos até amanhecer, cansa-te o corpo assim como a alma, não páramos em guerra. Ferves os olhos e aqueço-te a boca pois provámos os pecados um do outro. Sendo tarde, enrolei o passado nas correntes da projeção de um ser que foi meu. E o ser de cada um é relativo, o que é que me pertenceu afinal? Se é que já não seríamos um do outro.
Andamos às voltas, e os dias dão muitas voltas e as voltas dos nossos minutos aceleram-nos a pulsação. Não aprendi o que era amar e agora sei que é construtivo e produtivo, a roda que gira e as metas que se formam.
E para mim não chega ver somente os lagos aquando um oceano te quero dar. É como caminhar entre as árvores e planear mais do que uma floresta, é saber que temos o mundo e nem sequer o universo me satisfaz. Porque sinto mais, preciso de mais, quero mais, vivo por mais, amo cada vez mais e planeio um todo por mais, desejo mais, sendo que tu és tudo e tanto mais.
Pairam em mim loucuras por ti, envolta no amor que me deste e aceito que és soberbo porque só assim sabes ser. Contigo se não havia meio termo pois certo é que as peças se unem e quero-te mais.
Somos assim, algo primordial que não vem de hoje.
Quando brilhas, nem aí fecho os olhos.
Wednesday, July 17, 2013
Ensaio 1
Sabia que a vida não esperaria por mim mesmo que lhe pedisse, assim como o tempo não pausa aquando um súbito travão.
É subjacente ao decurso a continuidade. Mas ela não o é em todo, é uma especificidade que contorna as almas e os corpos. Orientações não são ordens e se fossem até a Fortuna mudava o tom. Quero o vento, quero os mares, quero as ondas sonoras, quero o céu e as tempestades. Quero o caminho da vida embrulhado nas perdas da vitória.
Nem sequer receio horizontes desconhecidos! Não temo a frustração nem os pesadelos, nem sequer a morte.
A fauna e a flora acompanham o compasso, é tão natural que as águas sejam paralelas. Acho que provei a perfeição e desconfio que a sorte brinque comigo. Suspeito que me testem a sabedoria, dando-me por agora aquilo que não voltarei a encontrar. Por consequente, encaminham-me o fim e enfim, não aceito nem me sinto capaz para tal. Vivi ao limite e não sei lidar com a queda, é portanto demasiado alta. Olhei o mundo em redor e acreditei que seríamos diferentes, acreditei não só por ingenuidade mas por pureza e por tudo o que te dou ser genuíno.
Se a vida tinha começado então porque é que acabaram com ela? Assim fechei os pecados a sete chaves para que me roubassem o resto. Podia nunca mais voltar a viver sem ti, é tão certo. Nunca quis repetir aqueles versos, escrevi as páginas e encerrei o conto. Queria que tudo ali ficasse, no tempo, na frequência. Que fossemos diferentes, que fossemos um passo em diante. Onde o mar se unia com o céu, no horizonte pairavam os nossos nomes. Vi contigo as estrelas, beijámos a areia e louvámos o amor. De ti não me despeço porque tanto te amei que prometi que voltaríamos a ser um só. Volto a ti, e tu a mim, fora do padrão dos deuses onde o livre arbítrio nos encaminha um para o outro. Ainda sinto o resto de tristeza que me invadiu, ergui a flecha do orgulho e foi aí que soube que não perdi rumo. Razões não chegam e no entanto nem quero que sim, virei as costas à lógica. Se não investires naquilo que a longo prazo desejas não verás as velas ao fundo, que queres que ardam sem apagar. Verás cinzas e pouco mais, feridas do passado.
E só podia ser contigo. Porque se não fosse, não era nem havia. Não sabia, não sentia, não acreditava, nem amava. Os eixos propõem: vivemos ou deixamos para trás. Sinto como que um dever natural, espontaneidade em demasia. Ter vontade constante, não ficar por aqui. É amar e viver para mais, a teu lado e contigo. Se antes não havia sentido, agora parece-me iluminado, claro e óbvio, por seres tu, que és tão tu e somente tu, esse alguém que é amor, música e natureza. Alguém que ao inicio dos dias e ao começar das noites, é vida.
É subjacente ao decurso a continuidade. Mas ela não o é em todo, é uma especificidade que contorna as almas e os corpos. Orientações não são ordens e se fossem até a Fortuna mudava o tom. Quero o vento, quero os mares, quero as ondas sonoras, quero o céu e as tempestades. Quero o caminho da vida embrulhado nas perdas da vitória.
Nem sequer receio horizontes desconhecidos! Não temo a frustração nem os pesadelos, nem sequer a morte.
A fauna e a flora acompanham o compasso, é tão natural que as águas sejam paralelas. Acho que provei a perfeição e desconfio que a sorte brinque comigo. Suspeito que me testem a sabedoria, dando-me por agora aquilo que não voltarei a encontrar. Por consequente, encaminham-me o fim e enfim, não aceito nem me sinto capaz para tal. Vivi ao limite e não sei lidar com a queda, é portanto demasiado alta. Olhei o mundo em redor e acreditei que seríamos diferentes, acreditei não só por ingenuidade mas por pureza e por tudo o que te dou ser genuíno.
Se a vida tinha começado então porque é que acabaram com ela? Assim fechei os pecados a sete chaves para que me roubassem o resto. Podia nunca mais voltar a viver sem ti, é tão certo. Nunca quis repetir aqueles versos, escrevi as páginas e encerrei o conto. Queria que tudo ali ficasse, no tempo, na frequência. Que fossemos diferentes, que fossemos um passo em diante. Onde o mar se unia com o céu, no horizonte pairavam os nossos nomes. Vi contigo as estrelas, beijámos a areia e louvámos o amor. De ti não me despeço porque tanto te amei que prometi que voltaríamos a ser um só. Volto a ti, e tu a mim, fora do padrão dos deuses onde o livre arbítrio nos encaminha um para o outro. Ainda sinto o resto de tristeza que me invadiu, ergui a flecha do orgulho e foi aí que soube que não perdi rumo. Razões não chegam e no entanto nem quero que sim, virei as costas à lógica. Se não investires naquilo que a longo prazo desejas não verás as velas ao fundo, que queres que ardam sem apagar. Verás cinzas e pouco mais, feridas do passado.
E só podia ser contigo. Porque se não fosse, não era nem havia. Não sabia, não sentia, não acreditava, nem amava. Os eixos propõem: vivemos ou deixamos para trás. Sinto como que um dever natural, espontaneidade em demasia. Ter vontade constante, não ficar por aqui. É amar e viver para mais, a teu lado e contigo. Se antes não havia sentido, agora parece-me iluminado, claro e óbvio, por seres tu, que és tão tu e somente tu, esse alguém que é amor, música e natureza. Alguém que ao inicio dos dias e ao começar das noites, é vida.
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